Entrevistas por AQUI...

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A entrevista é um texto dialogal, produzido por, pelo menos, duas pessoas: o entrevistador e o entrevistado, com o objetivo de dar a conhecer figuras do nosso mundo... Na sequência do estudo desta tipologia textual, nas aulas de Português, alguns alunos do 8.º ano de escolaridade, entrevistaram figuras da comunidade educativa de pertença.




Entrevista a Duke Oliveira

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“Não diria apenas para os iniciantes na Ginástica, mas para todos os que iniciam alguma coisa. Façam-no com amor, dedicação e determinação. O êxito exige trabalho!”

Duke Oliveira foi convidado a integrar no grupo de ginástica da Escola Secundária de S. Pedro do Sul e, passados muitos anos, foi desafiado pala diretora do Agrupamento de escolas de Vouzela, professora Raquel Ferreira, a criar um grupo no âmbito do Desporto Escolar. Sendo a sua modalidade de eleição, aceitou de imediato .

1. Quando começou o seu gosto pela ginástica? Porquê?

Começou no 1.º ano, em Paris – França. O meu Professor de Educação Física era ginasta. Nas aulas, ele demonstrava as suas habilidades nos aparelhos da Ginástica Artística. Eu ficava fascinado a vê-lo. Entretanto, a minha família regressou a Portugal e o “bicho” da Ginástica voltou quando entrei no 7.º Ano. Fui convidado a integrar o Grupo de Ginástica da Escola Secundária de S. Pedro do Sul, em 1991. E nunca mais parei.

2. O que o fez criar o grupo de ginástica que dinamiza?

Fui desafiado pela Diretora do Agrupamento de Escolas de Vouzela, Professora Raquel Ferreira, a criar um grupo no âmbito do Desporto Escolar. Sendo a minha modalidade de eleição, aceitei de imediato. A adesão a este novo projeto superou qualquer expetativa, embora não houvesse qualquer perspetiva de um futuro, uma vez que a minha situação profissional era instável.

3. O que diferencia este grupo de outros que conhece?

Não é o que fazem, mas como o fazem. Modéstia à parte, penso que é um grupo que funciona bem, unido, em que cada um contribui para o todo. As nossas rotinas são inspiradas em temáticas, que visam passar uma mensagem. São ginastas que sabem estar, dotados de caraterísticas únicas que fazem deles pessoas especiais. São dedicados, resilientes, focados, determinados, cheios de vontade de se superar a eles mesmos. São ginastas que muito me ORGULHAM!

4. Qual foi a sua maior conquista com o grupo de ginástica?

Não consigo dizer apenas uma. Mas destaco os títulos de Campeão Nacional do Desporto Escolar. A menção OURO no European Gym For Life Challenge (Suíça, 2022). O prémio de “Classe do Ano 2022” (atribuído pela Federação de Ginástica de Portugal). A seleção para representar Portugal nas Galas dos Eurogym de 2018, 2020 e 2022.

5. E individualmente?

Prémio “Treinador do Ano 2016” (atribuído pela Federação de Ginástica de Portugal). Galardão “Medalha de Dedicação”, em 2021 (atribuído pela Federação de Ginástica de Portugal).

6. Quais os objetivos que ainda quer atingir?

Representar Portugal na Gala FIG.

7. Pretende continuar com o grupo no futuro? Ou tem outros planos?

Sim, claro. Enquanto tiver forças e motivação, os meus ginastas contam comigo.

8. Uma dica para os iniciantes na ginástica?

Não diria apenas para os iniciantes na Ginástica, mas para todos os que iniciam alguma coisa. Façam-no com amor, dedicação e determinação. O êxito exige trabalho!

Diana Reis, Dinis Martins, Ema Lopes, Vasco Cortinhal, 8.ºA




Entrevista à professora Lina

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Lina Rodrigues é professora de Português na Escola Secundária de Vouzela, por isso se gostas da disciplina e de uma professora simpática, temos uma boa notícia. A professora Lina respondeu a algumas perguntas da sua vida pessoal e, principalmente, da sua carreira profissional.

1 - Boa tarde. Como se chama?

Boa tarde. Obrigada por me terem selecionado para a vossa entrevista. O meu nome é Lina Rodrigues.

2 - Sabemos que é professora de Português. Está a dar aulas há quanto tempo?

Dou aulas há trinta anos, sendo que o meu primeiro ano foi o de estágio.

3 - O que a levou a escolher esta profissão?

Desejei desde criança ser professora, até de entre muitas brincadeiras de infância, uma delas era “dar aulas” aos meus amigos/amigas do meu bairro.

4 - O que gosta mais no seu trabalho?

O contacto com a juventude, da boa vibração que me proporcionam, da crença que será o futuro da sociedade e que, de certa forma, faço parte dessa evolução.

5 - O que mais a motiva na vida?

Gostar da vida, querer ver os meus filhos crescer e fazer parte desse crescimento.

6 - Quais foram as conquistas que já alcançou?

Para mim, todos os dias são uma conquista, pois tudo o que possa fazer feliz o outro e, por consequência, a mim, é já uma grande conquista.

7 - Há quanto tempo trabalha cá na escola?

Comecei só este ano letivo, mas já dei aulas aqui há 20 anos.

8 - O que pensa dos alunos desta escola?

São alunos afáveis, simpáticos e acolheram-me muito bem. O que me dá um grande prazer trabalhar aqui convosco.

9 - Quais as vantagens e desvantagens do seu trabalho?

As vantagens, como tive oportunidade de dizer acima, são ver-vos (alunos/alunas) crescer e, claro, também eu aprender a evoluir, ser uma professora dos tempos atuais. As desvantagens são, infelizmente, todas as condições de trabalho que o Ministério da Educação, ou seja, o meu patrão, me dá. Por exemplo, dou aulas há 30 anos e ainda me desloco para longe para o fazer, rodeada da burocracia a que todos os professores estão sujeitos.

10 - Que planos tem para o futuro?

Gostaria de dar aulas em escolas portuguesas do mundo. Já estive em África e amei a experiência. Por isso, é um sonho repetir, mas em outros lugares: Timor, Macau, Cabo Verde... Com este registo, ficámos a conhecer um pouco a professora Lina e o contexto profissional que a envolve. Agradecemos, mais uma vez, a sua disponibilidade e desejamos-lhe muitos sucessos pessoais e profissionais.

Lorena Loureiro, Rafaela Capela, 8.ºB




Entrevista aos avós...

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Entrevista aos avós da Madalena, que nos falaram sobre a sua história de amor, comparando-a com as histórias da atualidade.

Olá, boa tarde. Somos alunas do 8.ºB do Agrupamento de Escolas de Vouzela e Campia e estamos a fazer um trabalho para a disciplina de Português - uma entrevista a uma pessoa da escola ou conhecida pelos alunos. Optámos por fazê-la aos avós de um elemento do grupo, uma vez que se mostraram disponíveis, o que agradecemos bastante.

1 - Há quanto tempo estão casados?

Há 53 anos.

2 - Como se conheceram?

Foi muito “giro”, onde nós morávamos ainda não havia a Expo, um pavilhão em Lisboa e ele morava numa rua em direção ao rio. O teu avô vinha para o café com um amigo, que era mais velho do que nós. O André, da janela, começava a dizer “Ó Maria” e eu respondia “o que foi?”. Ele respondia “ Vem lá o teu amor!”. Depois, eu ia ao café com o teu avô e, assim, começámos a namorar. Nós até íamos à missa juntos.

3 - Quando descobriu que estava apaixonada?

Apaixonei-me logo e o nosso namoro não durou nem um ano. Casámo-nos em 1970, tinha eu 27 e ele 25.

4 - Como era namorar no vosso tempo de juventude?

Namorar no nosso tempo era “um num lado e outro noutro”, nós não dávamos as mãos, porque não era costume. Ele ia ter ao café, eu descia e íamos dar uma volta.

5 - Qual foi momento mais difícil na vossa vida? E em que ano foi isso?

O tempo mais difícil da minha vida foi quando eu estava grávida do meu primeiro filho, em 1971.(avó) Para mim, foi há dois anos, em 2021, quando ela estava doente, com demência. Ela não sabia o que fazia e inventava coisas na cabeça dela. (avô)

6 - Podem partilhar connosco o segredo para estarem tanto tempo juntos?

O segredo para se estar muito tempo juntos é não discutir um com o outro e, caso aconteça, falar do que se passa.

7 - O que pensam das relações de hoje em dia?

São uma “uma pouca vergonha”, ai Jesus, andam pelos cantos a beijarem-se e a “tocarem-se” e a fazer coisas que só se deviam fazer depois do casamento.

8 - Um conselho para os jovens de agora?

Deviam ter juízo, mesmo muito juízo e terem muito amor um pelo outro, não discutirem e se tiverem de falar alguma coisa devem-no fazer, mas, no final, façam por ficar bem.

 

Muito obrigada, avós, pelo tempo dispensado connosco. Gostámos muito de ficar a conhecer-vos melhor. Continuação de um bom dia e de momento muito felizes. Desta forma, ficamos a conhecer melhor estes avós apaixonados, a forma como se conheceram e como alimentaram o seu amor.

Madalena Ferreira, Madalena Antunes, Miriam Correia e Ariana Gaspar, 8.ºB




Entrevista à D. Maria João

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Entrevistámos a D. Maria João, funcionária do Agrupamento de Escolas de Vouzela e Campia há quase 24 anos, com o objetivo de ficar a conhecê-la melhor, neste percurso profissional.

1 - Há quanto tempo trabalha nesta escola?

Há 23 anos, quase 24.

2 - Gosta de trabalhar aqui?

Gosto, principalmente de interagir com os alunos.

3 - Já trabalhou noutras escolas?

Noutras escolas não.

4 - Considera que os funcionários da escola estão preparados para toda a agitação provocada pelos alunos?

Estão preparadíssimos.

5 - E os professores estão também preparados?

Penso que sim, mas não sei o que se passa nas salas de aula.

6 - Gosta de trabalhar com os professores desta escola?

Sim, em geral temos um bom relacionamento.

7 - Pensa que os alunos desempenham bem as suas obrigações?

Em geral, os alunos da escola vão cumprindo mais ou menos as suas obrigações, havendo um ou outro que não obedece tanto.

8 - Qual a tarefa que mais gosta de desempenhar nesta escola?

Interagir com os alunos.

9 - A escola está preparada para ajudar alunos com necessidades especiais?

Na parte da acessibilidade, com as obras, as condições foram melhoradas. Na parte letiva temos professores, psicólogos e terapeutas que os ajudam.

10 - Quantos anos mais vai ficar por aqui?

Não posso dizer até quando, mas possivelmente até à reforma.

 

A entrevistada proporcionou-nos uma visão sobre a comunidade escolar, referindo a acessibilidade, o bom relacionamento que tem com os professores e com os alunos e a vontade de continuar a trabalhar nesta escola.

Muito obrigado, D. Maria João.

Rodrigo Simões, Tiago Lopes, Vítor Batista, 8.ºB